Doença comum na prática medica dermatológica, acorre principalmente na adolescência, época em que os hormônios sexuais estimulam as glândulas sebáceas a produzirem mais óleo (ou sebo). Mas também pode estar relacionada a outras causas, como medicamentos, estresse, sol em excesso (acne estival), cosméticos e distúrbios hormonais durante a vida adulta. As áreas mais acometidas são a face (principalmente a zona T), pescoço, dorso e a região anterior do tórax. A alimentação foi tema de discussão durante décadas, atualmente acredita-se que alimentos com alto índice glicêmico como carboidratos e doces pioram o quadro de acne.Recomendações aos pacientes:- Siga as orientações do seu dermatologista, a disciplina é fundamental para o sucesso do tratamento. Além dos tratamentos prescritos, peeling de cristal, peeling químico, LED e microdermoabrasão, podem ser úteis.- A limpeza da pele com sabonetes apropriados é importante, mas quando em excesso pode ser prejudicial ( lave no máximo 3 vezes ao dia)- Dê preferência a sabonetes líquidos eles são mais higiênicos.- Não manipule “cravos” e “espinhas”- O uso dos fotoprotetores deve ser em gel, nunca use os cremosos- Limpeza de pele é um excelente coadjuvante no tratamento devendo ser realizada por profissional habilitado
Rosácea é uma afecção inflamatória crônica de causa desconhecida que provoca flushing facial (vermelhidão transitória) , que evolui para vermelhão persistente, inchaço, telangectasias (vasinho) e pápulas ( bolinhas vermelhas). Acomete principalmente mulheres maiores de 30 anos de pele clara. Mas a forma grave é mais comum em homens. Fatores agravantes: mudança climática, luz solar, bebidas quentes, bebidas alcoolicas, alimentos condimentados e apimentados. O tratamento varia de acordo com o grau da rosácea e podem incluir antibiótico, filtro solar, hidratantes e laser.
São infecções causadas por fungos que atinge a pele, cabelos e unhas. Os fungos podem ser encontrados no solo, animais e até mesmo na nossa pele. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como calor, umidade e baixa imunidade (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos reproduzem e passam a causar a doença. Podem ser divididas em infecções superficiais e profundas
Exemplos de micoses superficiais:
Manifestam-se como manchas vermelhas com bordas bem delimitadas e descamativas e centro claro, sendo o principal sintoma a coceira.
Pitiríase versicolor
Também conhecida como micose de praia ou pano branco. As lesões são caracterizada por manchas de coloração variada (branca, vermelha ou acastanhada), podem estar agrupada ou isoladas e normalmente surgem na parte superior do tórax, pescoço, abdome e braços.
Pode se manifestar de diversas formas, como placas esbranquiçadas na mucosa oral, placas vermelhas e fissuradas nas áreas de dobras, como, infra mamária, axilar e iguinal, ou podem envolver a região genital feminina (vaginite) ou masculina (balanite).
Acomete tanto as unhas dos pés quanto da mão, geralmente a infecção se dá após trauma ungueal. Apresenta-se de várias formas: descolamento da borda ungueal (onicólise), espessamento (hiperqueratose), manchas brancas na superfície da unha e coloração amarelada.
O tratamento pode ser tópico ou associado a medicação sistêmica dependendo do caso. Existem também tratamento a laser para as micoses da unha, com resultados satisfatórios.
Recomendações ao paciente:
– manter os locais sempre limpos e secos
– use somente o seu material de manicure
– seque-se bem após o banho
– evite andar descalço em locais úmidos como saunas e lava pés de piscina.
– evite ficar com roupas molhadas por muito tempo
– não compartilhe toalhas, roupas, escovas de cabelo
– evite roupas justas e tecido sintético.
– não utilize meias e sapatos em dias consecutivos.
São manchas acastanhadas que surgem nas áreas expostas ao sol, principalmente a face, em pacientes geneticamente predispostos. Os fatores desencadeantes e de piora são: gravidez, anticoncepcional, reposição hormonal, radiação ultravioleta e luz visível.
Tratamento
O paciente deve passar por uma avaliação clínica, com análise da mancha, o tipo e cor da pele e assim indicar o melhor tratamento.
O tratamento é dividido em etapas:
Tratamento de ataque
Nesta fase utilizamos todo o arsenal disponível. Inicia-se com produtos domiciliares e medicamentos antioxidantes via oral. É importante a associação de procedimentos para uma melhora mais efetiva. Várias tecnologias podem ser empregadas dependendo do tipo da pele e da mancha, tais como peeling físico e químico, dermoabrasão, microagulhamento, infiltração de ácido trenexâmico, laser Q-Swiched.
Tratamento de manutenção
Como o melasma é uma doença crônica e o tratamento deve ser contínuo, mesmo após melhora completa ou parcial das manchas, para que não ocorra recidiva do quadro. Nesta fase mantém-se o uso de produtos domiciliares com ácido e clareadores mais fracos com baixo grau de irritabilidade, antioxidantes tópicos para potencializar a ação do filtro solar e dar viço para a pele. Sendo necessária a realização de procedimentos esporadicamente.
Em todas as fases do tratamento a fotoproteção é a arma mais valiosa. O filtro solar deve ter proteção contra a radiação ultravioleta A e B, luz visível, FPS (fator de proteção solar) auto e cor. Costumo sempre falar aos meus pacientes que se você não visualiza a mancha a “luz” também não a vê. A reaplicação e a quantidade também é importante e será orientado durante a consulta médica.
PsoríasePsoríase é uma doença inflamatória crônica não contagiosa, com períodos de exacerbação e melhora. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que que há suscetibilidade genética e fatores ambientais e imunológicos também estão envolvidos. Além da pele, as unhas e as articulações podem ser acometidos.Possui várias formas clínicas, sendo a mais comum a psoríase em placas, cujas lesões são rósea avermelhadas recobertas por escamas brancas. Os locais mais acometidos são joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Fatores agravantes: algumas medicações, traumas, estresse. O tratamento varia de acordo com a gravidade e extensão do quadro. Podem ser utilizados medicamentos tópicos, por via oral, injetável e fototerapia.VitiligoÉ uma doença muito comum, caracterizada pelo aparecimento de manchas brancas no corpo. A causa não é bem definida, mas alguns fatores estão associados a sua etiopatogenia, como: genética, autoimunidade (o organismo produz anticorpos contra as células que pigmentam a pele) e fatores ambientais (trauma, estresse, queimaduras solares). O diagnóstico de vitiligo é essencialmente clinico, porém, exames complementares podem auxiliar no diagnostico como a avaliação com a lâmpada de wood e biópsia da pele. Exames laboratoriais são importantes para avaliar se há outras doenças auto imunes concomitante ao quadro. O tratamento depende do quadro clinico, número de lesões e sua localização, inclui medicações tópicas e orais, que estimulam a pigmentação da pele, fototerapia e laser.Herpes SimplesInfecção causada pelo vírus HSV (vírus do herpes simples humano), há 2 tipos de vírus: o tipo 1, responsável pela maioria das infecções na face e tronco e o tipo 2, responsável pelas infecções genitais. A transmissão ocorre pelo contato pessoal. Após a infecção primária, o vírus permanece em latência (adormecido) em gânglios de nervos espinhais e cranianos. Quando reativado por várias causas, migra através de nervo periférico e retorna a pele ou mucosa.
É uma doença benigna, variante clínica da queratose seborreica, mais comum na raça negra e no sexo feminino, sendo extremamente frequente a ocorrência de predisposição familiar. O tratamento é simples e possui bons resultados estéticos, pode ser realizado por cauterização química, eletrocoagulação, shaving e laser.
É uma das queixas mais frequentes no consultório de dermatologia. Existem diversos tipos de queda de cabelo, sendo as mais frequentes a alopecia de origem genética, eflúvio telógeno e alopécia areata.
Alopecia androgenética
Também conhecida como calvice masculina ou feminina. Surge após a puberdade, período no qual os andrógenos (hormônios masculinos) passam a interagir com os folículos pilosos (buracos onde nascem os pelos), resultando em miniaturização folicular, levando ao afinamento progressivo do cabelo até a morte folicular. Nos homens a perda de cabelo inicia-se na linha frontal do couro cabeludo, com entradas laterais e/ou vértex. A progressão pode ser lenta ou rápida, sendo geralmente mais intensa quanto mais precoce se iniciar. Nas mulheres a linha de implantação capilar mantem-se intacta e ocorre uma rarefação difusa sem áreas de alopecia. O tratamento tem a finalidade de bloquear a ação hormonal, evitando a miniaturização dos folículos pilosos. Pode ser feito através de medicação tópica e sistêmica.
Eflúvio telógeno
Este tipo de queda de cabelo é extremamente comum e se caracteriza por períodos concentrados e limitados de intensa perda de cabelo. Várias são as causas: pós parto, infecções, cirurgias, anemias, dietas muito restritivas, doenças da tireóide, medicamentos, estresse. É comum que estes períodos sejam curtos (2 à 4 meses) após o evento desencadeante, e costuma se resolver de forma espontânea. Geralmente ocorre reposição quase total dos fios perdidos em poucos meses.
Alopécia Areata
É caracterizada por surgimento abrupto de áreas sem cabelos ou pelos. Podem surgir no couro cabeludo, sobrancelhas, barba, ou em qualquer outra parte do corpo. A etiologia é desconhecida, mas parece ser auto imune (o próprio organismo produz auto anticorpos contra os fios) , mas fatores genéticos e o estresse emocional também podem estar envolvidos. Existem formas graves que evoluem com perda total do cabelo ou pelos do corpo (alopecia universal). O prognóstico é bom e pode ocorrer repilação completa espontânea ou com tratamento tópico.
Doença inflamatória crônica de causa desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais podem estar envolvidos. Acomete as áreas seborreicas do corpo como: couro cabeludo, sobrancelha, sulco nasogeniano (bigode chinês), mento (queixo) e tórax. Possui períodos de melhora e piora e caracteriza-se por coceira e descamação sobre área vermelha. Pode se agravar com água quente e estresse.